Quinta dos Lagares

Pedro Lencart e Isabel Sarmento são o rosto do projeto Quinta dos Lagares. O casal assumiu a gestão desta quinta da família em 2007 e têm, desde então, procurado preservar e valorizar aquele património natural e agrícola.

Sensíveis às questões de sustentabilidade, Pedro e Isabel procuram manter o equilíbrio entre as áreas agrícolas de vinha e olival e as áreas de proteção que subsistem na quinta, de vegetação espontânea e floresta.

Este coberto florestal estende-se por toda a propriedade, entrecortando as áreas agrícolas e garantindo assim não só o refúgio de fauna auxiliar para a protecção da vinha e olival, como também uma descontinuidade de vegetação que enriquece a paisagem e contribui para a manutenção da biodiversidade, ao mesmo tempo que assegura uma gestão mais equilibrada da água e do solo.

Para aproveitar e potenciar esta diversidade florística é feita a exploração, em complemento à vinha, de mel, cortiça e azeite, este último produzido a partir do olival em modo de produção biológica.

O casal tem vindo também a fazer investimentos em toda a propriedade, especialmente na recuperação de vinhas e na renovação das instalações de vinificação parte das quais, os lagares, estão instaladas no rés-do-chão da casa que remonta a finais do século XVIII.

Em 2013 foi inaugurada a nova adega, mantendo-se no entanto, os tradicionais lagares de granito que foram modernizados permitindo melhor controlo das vinificações e maior flexibilidade de operação.

A Quinta dos Lagares

Quinta

A Quinta dos Lagares está localizada na margem esquerda do rio Pinhão, no lugar de Vale de Mendiz e Região Demarcada do Douro. Possui 70 hectares, dos quais 27 são de vinha, 12 de olival em modo de produção biológico e 31 de floresta onde predominam as espécies mediterrâneas, nomeadamente, medronheiro, azinheira, sobreiro, zimbro, carvalho negral e castanheiro. É ainda mantida uma pequena horta, para consumo doméstico, como é, aliás, tradição no Douro.

A Quinta possui também vários aposentos, entre os quais a casa principal e uma capela do século XIX.

Quinta dos Lagares - Vinha

Vinhas

As vinhas da Quinta dos Lagares desenvolvem-se num vale em anfiteatro com exposições de sul a norte, de este a oeste e uma altitude que varia entre os 230 a 560 metros. Mais de 60 por cento das vinhas tem idades entre os 40 e os 70 anos, sendo a vinha mais antiga de 1944.

Nas vinhas velhas misturam-se as castas tradicionais da região do Douro, existindo 30 variedades identificadas. As vinhas mais recentes têm povoamentos extremes das castas tintas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão e Sousão, e das castas brancas Viosinho, Rabigato e Malvasia Fina.

Quinta dos Lagares - Marco (Pombalino)

História

O marco pombalino que tem o número 86 no levantamento feito pelo Museu do Douro é o vestígio mais longínquo no tempo da Quinta dos Lagares. Ali colocado por ordem de Marquês de Pombal durante as demarcações entre 1756 e 1761, este símbolo do Douro atesta a boa aptidão da propriedade para a produção de Vinho do Porto. Ainda hoje, aliás, as vinhas da quinta são classificadas, na quase totalidade, com a letra A – a melhor categoria deste histórico processo de catalogação das vinhas do Douro para produção do famoso Vinho do Porto.

A Quinta dos Lagares está na posse da família Lencart desde 1920.

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